Silvia Wya Poty no ano de 1997 trabalhava como estagiária nas Linhas do Conhecimento da Fundação Cultural de Curitiba, quando participou do primeiro workshop intensivo em Cultura Indígena, com Kaká Werá Jecupê.
Absolutamente encantada com os conhecimentos e experiências que adquiriu nesta imersão, começou a transmitir um pouco dessa realidade indígena para seu trabalho com as crianças e jovens onde atuava e, em seguida, iniciou estágio no Hospital Psiquiátrico Pinel, também levando “arte, consciência corporal e princípios da dança tribal” para os internos, como forma de liberação de tensões, integração mente-corpo, expressão criativa e bem-estar.
Também, como dançarina/malabarista com tochas de fogo, teve um grande aprimoramento em suas performances desde que se conectou com o elemento Fogo a partir de uma perspectiva xamânica, mais sagrada e profunda, e levou esta nova qualidade artística/sensorial para os workshops da técnica circense, que começou a ministrar em 1998 em aulas particulares, a partir de 1999 na Escola Circoluz e, em 2000, fundando seu próprio espaço cultural, o Núcleo Wya Poty.
A partir dos resultados muito positivos que percebeu em seu trabalhos, Silvia “mergulhou” ainda mais no mundo das cerimônias indígenas. Dentre os muitos locais que esteve, acabou por estabelecer um forte vínculo com a cultura Guarani Nhandeva (num total de 16 anos de participação), cujas atividades eram conduzidas por Awaju Poty e Yxapy Rendy na Borda do Campo, Paraná.
Como parte desta jornada, Silvia criou a abordagem Dança Essencial – interligando os elementos e princípios Indígenas com a Dança Contemporânea, a Bioenergética e as Tochas de Fogo, – e, desde então, vem transmitindo estes conhecimentos e vivências por meio de workshops em Curitiba e outras cidades do Paraná, assim como em outros estados e países.
Ha’ewei!